Indignado, umamigome trouxe uma publicação de O Diário de Barretos, de quinze de julho, onde há umtextoqueme fez quebrar a promessa de nãovoltar a tocaremcertostemas, tampouco a digladiarcom velhas e viciadas posturaslocais. Mas, lá se exalta, num tom de presunção e de extremaempáfia: “Se Barretos fosse umestado... o nome da capital seria Independentes”.
Barretos, se fosse umestado, haveria realmente uma grandechance de terporcapital Os Independentes, não sei dizer se porcapacidadeoumerecimento, mas, comcerteza, pelasemelhançacom o perfil de centropolítico e de poderquealguns dos seusarautos insistem emexaltar e nosimpingir.
Bastaver na proclamação verdadeiras pérolasquenos remetem à consciênciaquereina nas nossas capitais, núcleos do poderpolíticoemnossopaís.
A posturacomum de políticouseiro e vezeiro da coleta de crédito, porexemplo, tãoconhecidaportodosnós, releseleitores, salta aos olhosquandosão citados atos de membros do clubeembenefício de alguma entidadelocal, dando a istoumcaráter de excelênciatão exagerado, quechega ao extremo de lhesconferirtítuloscomo ‘salvador’ da instituiçãopelaqual trabalhou. Mas, e os outrostantoshumildesmortaisque fizeram parte das equipesque atuaram nesses mesmostrabalhos? E a história e a obra dos antecessores, que edificaram taisentidades, construindo-as a partir do nada? E os compromissosnaturais da suacidadania? Nada disso parece tervalor. O que importa é o tom de favor, próprio de políticoscalhordasque dominam nossas capitais, que confundem obrigação cidadã comcaridade sublimada.
Outroponto de semelhançacomcapital, comcentro de poderpolítico, aparece na proclamação quando se define comoumabsurdo algumas cobranças de cidadãosquanto às posturas do clube, chamando-os de desinformados, chegando ao desvario de evocar o termo ‘heresia’. Ora, tendo perfil de entidadepúblicaouprivada, todosque se beneficiam ou se utilizam de algumtipo de recursopúblico tem o dever de estarabertos a questionamentos e terporrespostagrandeza e integridade. Mas, é claro, há sempre a linhapolítica daqueles que ‘se lixam para a opiniãopública’, algoquehoje tem se manifestado muitocomum nas nossas capitais.
E, porfim, a velhahistória da cobrançaembutidanostermos ‘cuspir no pratoque comeu’, quenos remete ao velho ‘tomalá da cá’ da políticatupiniquim, insistêncialamentável, muitoaquém da grandeza de Os Independentes.
Enfim, o clubeque parece existir na cabeça e nas proclamações dos arautos denota realmentemuito do perfilcomum das capitaispolíticasque conhecemos, embora, na opinião deste humildeescriba, os traçosnão sejam os maissalutares.
Particularmente, pelaleitura de cidadãoque tenho de Os Independentes e de suaobra, grandeza e limites, entendo que o clube esteja acima da necessidade de auto-afirmaçãoexpressa nessa bobagem
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